Antes de tratar, é preciso identificar de onde a dor realmente vem — e é exatamente esse o papel dos bloqueios diagnósticos e terapêuticos.
Eles unem ciência, imagem e experiência clínica para transformar um sintoma difuso em um diagnóstico direcionado.
O que são bloqueios da dor
Os bloqueios são procedimentos minimamente invasivos, realizados com anestesia local e guiados por ultrassom ou radioscopia, que têm como objetivo identificar e tratar aorigem da dor.
Dependendo da técnica e da substância utilizada, podem tercaráter diagnóstico ou terapêutico.
1. Bloqueio diagnóstico
O bloqueio diagnóstico é o teste de precisão da medicina intervencionista da dor.
Nele, uma pequena quantidade de anestésico é aplicada em um nervo, articulação ou estrutura suspeita.
Se a dor melhora após o procedimento, o local é confirmado como a verdadeira fonte da dor.
Esse passo é fundamental para definir o tratamento ideal, evitando intervenções desnecessárias e aumentando a taxade sucesso terapêutico.
Usado para:
– Dor facetária (coluna cervical, torácica ou lombar);
– Dor de origem sacroilíaca;
– Dor neuropática localizada;
– Diferenciação entre causas musculares e articulares.
Duração: geralmente algumas horas, apenas o suficiente para confirmar o diagnóstico.
2. Bloqueio terapêutico
Quando o diagnóstico é confirmado, o bloqueio terapêutico entra em ação.
Ele combina anestésicos e anti-inflamatórios, podendo também incluir substâncias regenerativas.
O objetivo é quebrar o ciclo inflamatório e aliviar a dor de forma prolongada.
Com o auxílio de imagens em tempo real, o medicamento é aplicado exatamente onde há a inflamação ou o estímulo nervoso.
Benefícios:
– Alívio rápido e direcionado;
– Redução da necessidade de medicações orais;
– Melhora da mobilidade e da qualidade de vida;
– Efeito cumulativo em séries planejadas.
3. Bloqueios com função mista
Em alguns casos, o bloqueio tem dupla função — diagnóstica e terapêutica.
Esses são usados quando há suspeita de múltiplas origens da dor ou em pacientes com dor crônica complexa.
O alívio obtido orienta os próximos passos, como radiofrequência, crioterapia ou neuromodulação.
Como o procedimento é realizado
1. O paciente é posicionado confortavelmente, em ambiente estéril e monitorado;
2. O ponto exato é identificado com ultrassom ou radioscopia;
3. É feita anestesia local para conforto total;
4. O médico aplica o medicamento diretamente no local-alvo, com precisão milimétrica;
5. O paciente é liberado logo após o procedimento, sem necessidade de internação.
Todo o processo é rápido, seguro e indolor.
Cuidados após o bloqueio
– Evitar esforço nas primeiras 24h;
– Manter repouso relativo e compressa fria se indicado;
– Retomar atividades leves no dia seguinte;
– Reavaliar o padrão de dor e o ganho de mobilidade.
O acompanhamento faz parte do tratamento — cada resposta é avaliada para ajustar a estratégia.
Quando o bloqueio é indicado
– Dor cervical, torácica ou lombar persistente;
– Dor após cirurgias ortopédicas ou abdominais;
– Dor neuropática localizada (como neuralgia pós-herpética);
– Dor miofascial ou facetária;
– Diagnóstico de origem incerta em dor crônica.
A filosofia de cuidado
O bloqueio é mais do que um procedimento — é uma ferramenta de precisão diagnóstica e planejamento terapêutico.
Cada intervenção é feita com foco em resultado, segurança e bem-estar.
O objetivo é tratar a causa, não apenas silenciar o sintoma — sempre com tecnologia, conforto e atenção aos detalhes.
Perguntas frequentes
O bloqueio dói?
Não. É realizado com anestesia local e guiado por imagem, com desconforto mínimo.
O alívio é imediato?
O efeito do anestésico é rápido, mas o resultado duradouro depende da resposta inflamatória.
Quantos bloqueios são necessários?
Varia conforme o diagnóstico. Em geral, são realizados em séries planejadas e individualizadas.
O bloqueio substitui cirurgia?
Em muitos casos, sim. Pode adiar ou até evitar a necessidade de procedimentos maiores.
Agende sua avaliação.
Descubra como os bloqueios diagnósticos e terapêuticos podem revelar a origem da sua dor e oferecer alívio com precisão e segurança.
Dra Geovanna Andrade 
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